sexta-feira, 29 de agosto de 2014

13º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro premia os melhores da categoria

Na terça-feira, dia 26, o palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro comportou a 13º edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, conhecido também por Oscar brasileiro.

A cerimonia da noite foi também uma homenagem para Domingos de Oliveira, e a apresentação da premiação ficou sob responsabilidade do casal Maria Ribeiro e Caio Blat, que desenvolveu a premiação  com base no trama “Todas as Mulheres dos Mundo", de 1966, um dos clássicos do homenageado da noite.

O longa “Faroeste Caboclo” e sua equipe conquistaram sete troféus Grande Otelo, incluindo o ultima prêmio da noite, o de Melhor Longa-Metragem de Ficção. Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Montagem Ficção, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Som, Melhor Direção de Fotografia e, por fim, Fabrício Boliveira, com o premio de Melhor Ator, com o seu personagem João de Santo Cristo.


A categoria Melhor Longa-Metragem Comédia foi a novidade desse ano, vencida por “Cine Holliúdy”, de Halder Gomes, conquistando também o Melhor Longa de Ficção pelo Voto Popular.


Melhor longa-metragem de ficção:
"Faroeste Caboclo". Produção: Bianca De Felippes por Gávea Filmes e Produções, Marcello Maia por República Pureza e René Sampaio por Fogo Cerrado Filmes (108minutos)

Melhor longa-metragem de documentário:
"A Luz do Tom", de Nelson Pereira dos Santos. Produção: Márcia Pereira dos Santos por Regina Filmes Ltda e Maurício

Melhor longa-metragem de animação:
"Uma História de Amor e Fúria", de Luiz Bolognesi. Produção: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Débora Ivanov e Gabriel Lacerda por Gullane Entretenimento, Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi e Marcos Barreto por Buriti Filmes

Melhor longa-metragem infantil:
"Meu Pé de Laranja Lima", de Marcos Bernstein. Produção: Katia Machado por Pássaros Films do Brasil Audiovisuais Ltda.

Melhor longa-metragem de comédia:
"Cine Holliúdy", de Halder Gomes. Produção: Halder Gomes e Dayane Queiroz por ATC Entretenimentos

Melhor direção:
Bruno Barreto por "Flores Raras"

Melhor atriz:
Gloria Pires, como Lota de Macedo Soares, por "Flores Raras"

Melhor ator:
Fabrício Boliveira, como João de Santo Cristo, por "Faroeste Caboclo"

Melhor atriz coadjuvante:
Bianca Comparato, como Carmem Tereza, por "Somos Tão Jovens"

Melhor ator coadjuvante:
Wagner Moura, como Lindo Rico, por "Serra Pelada"

Melhor direção de fotografia:
Gustavo Habda, por "Faroeste Caboclo"

Melhor direção de arte:
José Joaquim Salles, por "Flores Raras"

Melhor figurino:
Marcelo Pies, por "Flores Raras"

Melhor maquiagem:
Siva Rama Terra, por "Serra Pelada"

Melhor efeito visual:
Daniel Greco e Bruno Monteiro, por "Uma História de Amor e Fúria"
Robson Sartori, por "Serra Pelada"

Melhor roteiro original:
Kleber Mendonça Filho, por "O Som ao Redor"

Melhor roteiro adaptado:
Marcos Bernstein e Victor Atherino – adaptado da música "Faroeste Caboclo" de Renato Russo, Legião Urbana – por "Faroeste Caboclo"

Melhor montagem ficção:
Marcio Hashimoto, por "Faroeste Caboclo"

Melhor montagem documentário:
Marília Moraes e Tina Baz, por "Elena"

Melhor som:
Leandro Lima, Miriam Biderman, ABC, Ricardo Chuí e Paulo Gama por "Faroeste Caboclo"

Melhor trilha sonora:
Paulo Jobim por "A Luz do Tom"

Melhor trilha sonora original:
Phillipe Seabra por "Faroeste Caboclo"

Melhor curta ficção:
"Flerte" de Hsu Chien

Melhor curta documentário:
"A Guerra dos Gibis" de Thiago Brandimarte Mendonça e Rafael Terpins

Melhor curta animação:
"O Menino que Sabia Voar" de Douglas Alves Ferreira

Melhor longa-metragem estrangeiro:
"Django Livre"/Django Unchained de Quentin Tarantino. Distribuição: Sony Pictures 

Com Amor,
C'est la Vie

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Tem novidade vindo por aí...

Quem nunca sentiu saudade?


Em breve, a nova obra da C´est la Vie Produções. Aguardem!!!

Com Amor,
C'est la Vie.

Homenagem: Sudações à genialidade de Richard Attenborough

Richard Samuel Attenborough nasceu em Cambridge, em 29 de agosto de 1923. Foi ator, produtor e diretor de cinema britânico.

Ele começou a atuar aos doze anos de idade, estudou na Royal Academy of Dramatic Art e sua estreia como ator foi no filme Nosso Barco, Nossa Alma, em 1942.


Ainda hoje é muito lembrando pelo papel do bilionário John Hammond, o criador do parque dos dinossauros, no filme Jurassic Park. Como ator seu último papel foi na comédia ‘Puckoon‘ (2002). Richard Attenborough faleceu em 24 de agosto de 2014, aos 90 anos.


PRÊMIOS E INDICAÇÕES

Oscar
1982 - Venceu na categoria de melhor filme, por Gandhi.
1982 - Venceu na categoria de melhor diretor, por Gandhi.

Globo de Ouro
1982 - Venceu na categoria de melhor diretor, por Gandhi.
1982 - Venceu na categoria de melhor filme Estrangeiro, por Gandhi.
1985 - Indicado na categoria de melhor diretor, por Chorus Line.
1987 - Indicado na categoria de melhor diretor, por Cry Freedom.

BAFTA
1982 - Venceu na categoria de melhor diretor, por Gandhi.
1982 - Venceu na categoria de melhor filme, por Gandhi
1987 - Indicado na categoria de melhor diretor, por Cry Freedom.
1993 - Indicado na categoria de melhor diretor, por Shadowlands.

Com Amor,
C'est la Vie.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Uma descrição de quem viu: curta metragem Alice

Alice é um curta metragem dirigido por Rafael Gomes, estrelado por Fernando Alves Pinto e Simone Spoladore. Ele se passa na cidade de São Paulo e retrata o desencontro de Alice e Alex. Eles se falam por mensagem na caixa postal dos telefones e passam mais de um ano tentando se encontrar, indo aos lugares que sabiam que o outro costumava ir. O filme quase todo se passa sem um dialogo direto.

A câmera é usada na mão, subjetiva e filma a cidade, o cotidiano. As imagens passam a sensação de estar perdido na cidade, procurando alguma coisa que nem os personagens sabem o que é.

Um roteiro simples, porem que prende o espectador por todos os 15 minutos de filme, mostrando o conflito dos personagens, a busca do amor sem saber se é verdadeiro ou mesmo correspondido.

Para a trilha sonora o diretor usa sons ambientes da cidade, os carros, conversas, passando a sensação de que mesmo estando no meio de uma cidade tão grande quanto São Paulo você está sozinho.


Os discursos dos personagens nas mensagens telefônicas mostram sua confusão, seus medos e sentimentos. Tudo isso de forma simples e muito direta.


Por Alana Freiberger  

Uma descrição de quem viu: curta metragem 3 minutos

“3 minutos” é um curta metragem com direção de Ana Luiza Azevedo. Na primeira cena, uma panorâmica situa o expectador ao período temporal em que se passa a história, graças à televisão antiga, em um suporte na parede, ao fogão também antigo, bem como a pia e o telefone – também preso à parede – que começa a tocar até cair na “caixa de mensagem”. Nota-se que não tem ninguém em casa.

Enquanto uma moça chamada Marília deixa um recado dramático de despedida para o rapaz da secretária eletrônica, a câmera percorre os outros cômodos da casa. Ela diz que estava fazendo o almoço quando decidiu partir e a frase explica a cena inicial da cozinha em que uma vasilha com água ferve no fogão e pedaços de galinha estão em cima da pia.

A essa altura, os expectador já se deu conta que se trata de um casal se separando. Marília vai dizendo o que a fez sair de casa e a câmera sai daquilo que aparentemente era uma casa e quando está do lado de fora, nota-se que é um trailer – e esse é um dos motivos pelos quais Marília se foi.

A ligação cai e o trailer vai ficando cada vez mais distante até que entra no enquadramento um telefone público e, logo em seguida, uma moça secando as lágrimas, que correm pelos seus olhos, com um avental.

Neste momento fica claro para o expectador que a moça é a Marília. Ela coloca o avental novamente, coloca o telefone no gancho e volta para o trailer.
Ela desliga o fogão, a televisão e tira os sapatos. O detalhe em cada uma dessas ações demonstra que Marília desistiu de partir.

Na segunda vez em que aparece o trailer e o telefone público em um mesmo plano, já é noite e ao fundo o telefone toca. A chamada cai na secretária eletrônica e o rapaz – suposto marido de Marília – pergunta se há algum recado para ele. Ninguém atende. Marília está lá, mas é como se não estivesse. 

O roteiro é simples, mas bem escrito, considerando que as imagens são complementares ao áudio, os enquadramentos são simples também, sem cortes secos, e a panorâmica durante boa parte do filme dão a sensação de continuidade. A música é de suspense, mas ao mesmo tempo descreve os sentimentos de Marília, e os sons ambientes também são bem explorados. 


Por Stacy Barbosa

Uma descrição de quem viu: curta metragem Julie, agosto e setembro

Julie, agosto, setembro é um curta metragem com roteiro e direção de Jarleo Barbosa. Narra a relação entre o indivíduo e a cidade, e como a segunda acaba se tornando parte do primeiro.

Julie é uma suíça de Genebra “um pouco alegre, um pouco romântica", como ela mesma se define. Vai fazer intercâmbio na cidade de Goiânia e acredita que uma das melhores formas de aprender a cultura de um país é se relacionando com alguém do local.

Depois de duas tentativas frustradas, ela conhece Eric, um rapaz com quem se identifica totalmente e que lhe faz experimentar verdadeiramente um pouco da cidade: degustando a comida, fazendo passeios românticos e conhecendo um pouco mais sobre o jeito de ser dos goianos.

Eric embarca para um intercâmbio de 2 anos na Itália e deixa Julie muito triste. Depois de alguns dias, ela se recupera e descobre novas formas de se relacionar com a cidade, no contato com as pessoas e com os serviços do lugar.

Os meses de agosto e setembro são o grande teste para adaptação de Julie à Goiânia: quando ela tem que lidar com o calor e a secura do lugar, percebendo que adquiriu também algumas dessas características.

O curta não apresenta muitos efeitos especiais e similares. Sua maior força está na narração de Julie – com falas criativas e jogos discursivos interessantes – e nas imagens do lugar, que privilegiam mostrar os personagens dentro de um espaço bem caracterizado, como coadjuvante do enredo.


A cena final – de Julie parada no centro de uma escada, em uma estrutura de concreto, rodeada de carros, prédios, árvores e postes, típicos de um ambiente urbano – traz uma fotografia muito expressiva do tema principal do curta.


Por Roberta C. G. de Almeida 

Uma descrição de que viu: curta metragem A Ilha

A Ilha, é um curta metragem de animação dirigido por Alê Camargo, foi produzido em 2008.

Este curta metragem conta a história de Edu, um homem que vive em uma grande metrópole e acaba por ficar ilhado em meio a uma grande cidade. Edu tenta de todas as formas resolver seu problema, com a comida, com o frio, com a solidão, etc., como qualquer naufrago. O curta até faz referencia ao filme Naufrago em uma das cenas, com a "Wilson".

Além de ser uma forma leve e engraçada de mostrar a rotina das pessoas nas grandes cidades é também uma critica de como as pessoas vivem isoladas de tudo e como são as suas dificuldades, como a simples demora de atravessar uma rua, por exemplo.

Para isso, o filme abre com uma frase de reflexão: "É necessário sair da ilha para ver a ilha. Nós não vemos se não saímos de nós.- José Saramago", que além de fazer referencia a ilha, que nunca é vista sem que se esteja lá, remete-se a cena após sair do confinamento, a alegria, a liberdade e o dançar.


O sonoro, de inicio pensa-se ser o som do mar, porém logo notasse que é o som incessante de carros trafegando, os demais são basicamente sons ambientes da cidade e músicas bem encaixadas de passagens de tempo.



Por Katiucy Binhara 

Uma descrição de quem viu: curta metragem Ronan’s Escape

O curta metragem Ronan’s Escape, escrito e dirigido por A. J. Carter, permite um olhar sincero sobre a vida de um garoto de 14 anos que passa todo o tempo da sua vida a ser vítima dos abusos e maus tratos dos colegas. Uma vida que apenas conseguiu encontrar a pior solução para escapar da tortura e humilhação que era lhe imposta.

Um trabalho que prende o espectador com acontecimentos que são relatados uma maneira suave e ao mesmo tempo brutal.

Um roteiro muito bem escrito e elaborado, com uma forma de junção de imagens perfeitas que nos mostra o sofrido silêncio da vitima. Cada close no rosto e nos olhos do garoto conseguimos ver através do seu olhar a mágoa e a solidão profunda que ele encara não com naturalidade, mas com certeza e com isso emocionando o espectador a todo o momento.

A trilha sonora acentua a idéia de sofrimento proposta pelo autor, bem como a escolha de cenário é essencial para nos aproximar também daquele jovem que esperamos que ele possa ainda vir a encontrar um lugar que lhe transmita a paz que não tem.


Sempre em silêncio, desistiu de lutar e acabou por ceder à profunda depressão para a qual foi empurrado.


Por Bruna Catache 

Uma descrição de quem viu: curta metragem Memorize

Memorize é um curta metragem escrito e dirigido por Eric Ramberg & Jimmy Eriksson. O curta borda uma visão estratégica para esclarecimentos de casos criminais a partir de implante que permite gravar tudo que se vê. O curta acompanha a trajetória de um agente em busca de respostas e mais pista para o trabalho que foi designado.

Atrai o público pela ação das cenas e jogadas muito bem encaixadas entre o som e a visão, que que algumas vezes registrava o que realmente o personagem visualizava.

Memorize contou com uma produção muito bem apurada. Efeitos como projeções, explosões, maquiagem, figurino e efeito de texturas marcaram forte presença da maior parte do curta.

Destacando o som de ambiente de cada cena, que por sua vez abordou lugares de batalhas. O curta explorou e aguçou os sons de tiros e manejos das armas de fogo, muitas vezes também com sutileza ao jogar uma granada, vinculando cada vez mais o público com um cenário de guerra e disputa.


Com o principal sujeito apagando sua própria memória, o agente busca soluções com sua equipe.



Por Isabel Maria Santos 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Uma descrição de quem viu: curta metragem Temporal

O curta metragem dirigido por Jorge Furtado e José Pedro Goulart, que foi produzido em 1984, conta a história de dois grupos diferentes: um formado por senhores integrantes de uma ordem religioso-monarquista e outro um grupo de jovens fantasiados para uma festa.

Descrição de quem viu:

Em um plano médio, o curta começa com um jantar da família - tradicional e religiosa- e uma discussão sobre a festa que as filhas farão naquela noite – mesma noite em que haverá uma reunião de um grupo de senhores. Os cenários são harmoniosos, tanto em cores, quanto em decoração.

A próxima cena já é a hora marcada para a reunião e a festa. Os convidados começam a chegar. Os cortes são secos e nos levam diretamente para a próxima cena, que é a reunião do grupo religioso-monarquista, onde o pai das meninas que farão a festa fala aos outros integrantes do grupo.

Simultaneamente ouve-se uma música tocando e, em cena, surge o porão onde as filhas realizam a festa à fantasia com muito rock’n’roll.

O jogo de imagens faz o contraste entre o religioso e certo, e o profano e errado. Mostra os religiosos e a religião tentando resistir ao mundo de pecados e tentações.

Durante a festa e a reunião, um temporal faz com que a luz acabe. A partir desse momento, passa-se a trabalhar com as luzes, sombras, pausas de diálogos e escuridão total.

Os religiosos relacionam a festa com o fim dos tempos, antes, durante e depois de uma confusão envolvendo todos dos dois grupos. Os jovens vestidos  de animais invadem a sala de reunião dos senhores e é cravada uma batalha de cunho religioso (para os senhores) e porque uma das jovens foi agredida por um senhor (para os jovens).

As versões são pertencentes única e exclusivamente a cada grupo e a conclusão sobre o final da história fica a cargo de cada expectador - ao meu ver os dois mundos tão distintos se cocaram e tornaram-se um só, com suas diferenças, mas com algumas semelhanças, entre as quais a principal é a vontade e a busca por algo que é considerado por cada um o "certo" e "bom".

Assista, tire suas conclusões e fique à vontade para comentar: 


Por Stacy Barbosa

Cinema e debate

A partir de hoje, 26 de agosto, o público mais maduro (55 anos ou mais) passa a contar com um espaço exclusivo de cinema em Curitiba. Trata-se das sessões gratuitas que serão exibidas nas últimas terças-feiras do mês, às 14h, no Espaço Itaú de Cinema. Um convidado especial irá conduzir debates após as sessões. Para hoje, a pedida será a comédia musical “Amar, Beber e Cantar”, do francês Alain Resnais, sobre uma trupe veterana de teatro que resolve convidar um amigo doente para participar da próxima montagem da companhia. Após a projeção, o filme, premiado no Festival de Berlim, será comentado pelo cineas­­ta Fernando Severo. Para mais informações, acesse: http://www.itaucinemas.com.br/filmes/cinema/10

Com Amor,
C'est la Vie

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A relação entre música caipira e cinema

A música e o cinema tem uma ligação mais estreita do que você imagina. Tudo começou com as duplas caipiras e com a gravação dessas músicas – em disco e fitas. O pioneiro nessas atividades foi Cornélio Pires, o primeiro a gravar um disco com um dupla caipira e o primeiro agravar um documentário sobre a música capira.

A C'est la Vie relembra agora um pouquinho da história de Cornélio, o homem que foi pioneiro na arte de gravar em disco e fita e que deixou uma raiz para todos que até hoje pertencem ao mundo do sertanejo, que é o trabalho das duplas.

Como tudo começou

Jornalista, escritor, poeta, folclorista e cantador, Cornélio Pires foi o primeiro a gravar um disco de música caipira. A história do disco caipira, famoso atualmente, começa em maio de 1929, com a primeira gravação da Turma de Cornélio Pires. Era um 78 rotações de rótulo vermelho, que levava o selo Columbia. De um lado, “Jorginho do Sertão” e , do outro, “Moda de Pião”, ambas de autoria do próprio Cornélio.

Cornélio nasceu em 1884 e foi com ele que a música sertaneja passou a ser encarada sob o ponto de vista profissional. A princípio, por volta de 1914, Cornélio dedicava-se a organizar espetáculos pelo interior de São Paulo, para divulgar a arte caipira e apresentar artistas sertanejos: eram as Conferências Cornélio Pires.

Cornélio Pires

Com o passar do tempo, aquelas apresentações foram crescendo e Cornélio Pires tomou a iniciativa de gravar um disco. Ao chegar em São Paulo, porém , viu seu sonho quase desmoronar, pois nenhuma gravadora queria arriscar um tipo de música que acreditavam não ter receptividade junto ao público.

Confiante em seus propósitos, Cornélio não desistiu, juntou-se a alguns amigos (as duplas Zico Dias e Ferrinho, Mandi e Sorocabinha, Mariano e Caçula) e pagou para gravar seu próprio disco.

De cara, “Jorginho do Sertão” e “Moda de Pião” desmentiram as previsões das gravadoras e em apenas 20 dias, o disco estourava com cinco mil cópias vendidas. D e sucesso e sucesso, criou em 1946, o Teatro Ambulante Cornélio Pires, composto de dois carros, um com biblioteca e outro com discoteca para percorrer o interior paulista, onde apresentava-se em praça públicas.

Em 1922, um ano após publicar "Conversas ao Pé do Fogo", Cornélio esteve no Rio de Janeiro, onde se exibiu em algumas casas de diversões. E, ao apresentar-se num espetáculo beneficente na Associação Brasileira de Imprensa, logo após o encerramento, recebeu os cumprimentos do Maestro Eduardo Souto, um dos maiores compositores populares de seu tempo, o qual convidou Cornélio para que formassem um grupo regional. Cornélio topou e o grupo estreou no dia da inauguração do Palácio das Festas, nas festividades comemorativas ao Primeiro Centenário da Independência.

Encantado com o resultado das cenas que haviam filmado, e terminados seus compromissos com o maestro Eduardo Souto, Cornélio retornou a São Paulo, onde uniu-se ao cineasta Flamínio de Campos Gatti, e já em 1923, juntos partiram para as filmagens ao Nordeste do Brasil.

Cornélio produziu dois documentários, "BRASIL PITORESCO" (1923) e "VAMOS PASSEAR" (1934). Especialistas dizem que “o documentário ‘Vamos Passear’ trata-se do lº filme sonoro feito de maneira independente (...)” e esse fato pode ser constatado na Revista Sertaneja, ano II, nº 17, na página 20.

Filmografia de Cornélio Pires

1923 - Brasil Pitoresco

Documentário em colaboração com o cineasta Flamínio de Campos Gatti. Aspectos de cidades Brasileiras. Joffre dá a data de 1923 e Maynard a de 1922. Foi realmente feito em 1923. Em sua carta a B. J. Duarte, Joffre diz que a película foi rodada em janeiro de 1923, por Flamínio Campos Gatti e pelo próprio Cornélio Pires, focalizando aspectos de Santos, Rio, Bahia e outros Estados do Norte e Nordeste. A seu pedido, foi o filme exibido em Tietê, em Julho de 1959, com geral agrado.

1934 - Vamos Passear

Filme sonoro, produzido após ter feito pequenos documentários. Vamos Passear focaliza cenas do folclore paulista e nele tomaram parte violeiros, canta dores, sertanejos. Segundo Joffre (p.1 08), "provocou desencontrados comentários".

Filmes Baseados nas obras de Cornélio Pires

1918 - Curandeiro

Roteiro extraído do conto Passe os Vinte, filme rodado por Antônio Campos, com Sebastião Arruda como intérprete. Foi visto por Zico Pires em Tietê, no antigo Teatro Carlos Gomes.

1970 - Sertão em Festa

Produzido pela Servicine, baseado na novela Sacrificados (Meu Samburá) e dirigido por Osvaldo de Oliveira. Os principais artistas foram Marlene Costa, Nhá Barbina, Francisco Di Franco, Tião Carreiro e Pardinho, Egidio Eccio e outros. O filme teve grande êxito. Nele tomaram parte catiteiros, violeiros, etc. A pré-estréia foi em Tietê, em benefício da Granja de Jesus.

1985 - A Marvada Carne

Pelo Cineasta André Klotzel, tendo ele se baseado mais principalmente na obra "As Estrambóticas Aventuras do Joaquim Bentinho, o Queima Campo" (1924), obra essa, á qual Cornélio Pires deu continuidade, concluindo e publicando em 1925.

Cornélio Pires faleceu em 17 de Fevereiro de 1958, às 02:30 horas, no Hospital das Clínicas de São Paulo, vítima de câncer na laringe. Faleceu solteiro convicto, em plena lucidez e, conforme sua vontade, foi enterrado de pijama e descalço. 

Com Amor,
C'est la Vie.

Paulo Leminski completaria 70 anos de muita arte

No último domingo, 24/08, o consagrado artista curitibano Paulo Leminski completaria 70 anos. Para celebrar o aniversário de Leminski, a C´est la Vie selecionou o poema “A lua foi ao cinema”:

A lua foi ao cinema

A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.

Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!

Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava para ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.

A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!

Lançamento de CD

A filha de Paulo Leminski, a compositora Estrela Ruiz, lançou neste domingo, 24 de agosto, um álbum duplo com canções de seu pai, Leminskanções. O álbum traz obras como Essa noite vai ter sol, com 13 composições assinadas exclusivamente por Leminski, entre outras faixas. A previsão para disponibilização nas lojas é para meados de setembro.

Com Amor,
C'est la Vie.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA – 19 DE AGOSTO

Você sabia que hoje é o Dia Mundial da Fotografia? A fotografia foi a arte que mostrou o caminho para o cinema.
           
História

- A celebração da data tem origem antiga. Em janeiro de 1839, a Academia Francesa de Ciências anunciou Louis Daguerre como o principal responsável pela invenção da fotografia. No dia 19 de agosto do mesmo ano, o Governo francês considerou a invenção de Daguerre como um presente "grátis para o mundo", e desde então comemoramos esta data.
- Inicialmente, o processo fotográfico era feito em chapas e levava horas para ser registrado.
- Aos poucos, a técnica foi se aperfeiçoando, e nomes como Willian Henry Fox-Talbot e Frederick Scott Archer colaboraram para seu avanço.

Cinema

- O registro dos primeiros movimentos só ocorreu no século XX.
- Eadweard J. Muybridge, um fotógrafo inglês, apresentou a sequência de até 24 imagens de um mesmo corpo em movimento, em um mecanismo chamado zoopraxiscópio. A velocidade da sequência dava a sensação de que as imagens se mexiam.

Prêmios de fotografia

A C´est la vie selecionou dois prêmios importantes de fotografia do Oscar americano: aquele que seria considerado o mais antigo, em 1929, e aquele mais recente, deste ano.

Oscar – Melhor fotografia

1929: Filme Aurora (Sunrise: A Song of Two Humans), direção de Friedrich Wilhelm Murnau.


2014: Filme Gravidade (Gravity), direção de Alfonso Cuarón


E você, qual a cena do cinema que não lhe sai da memória? 

domingo, 17 de agosto de 2014

C'est La Vie marca presença na gravação do Casos e Causos

Este domingo, dia 17 de Agosto de 2014, teve um gostinho especial. Isso porque recebemos um convite para assistir a gravação da nova série do Casos e Causos, da RPC TV.

As nossas roteiristas e também diretoras, Bruna e Stacy, foram até o terminal do Boqueirão, em Curitiba, para acompanhar a gravação do Clube do Bacon (roteiro de Rafael Monteiro e direção de Marcus Werneck).

Antes das gravações começarem, elas foram convidadas a fazer parte da figuração.

Antenor e figuração aguardando o "ok" do diretor.

Na cena, Antenor (Emilio Pitta), um senhor levando algumas sacolas, entra em um ônibus lotado e acaba sendo empurrado. 

Preparação dos equipamentos de iluminação dentro do ônibus - Na frente da foto, pessoas da equipe e ao fundo a Stacy e outros figurantes.

Depois de finalizadas as gravações no ônibus, os atores e a equipe toda foram para o centro de Curitiba. Lá novas cenas foram gravadas, tudo sob o olhar atento e curioso das integrantes da C’est La Vie.

Gravando! Cena em que Antenor conhece Dália (Pepita Rodriguez) após descerem do ônibus. 

Nossos agradecimentos à equipe, que foi muito acolhedora e simpática e às nossas queridas Bruna e Stacy, que em pleno domingo se colocaram à disposição para acompanhar e repassar tudo para nós da agência e para vocês, caros leitores.

Da esquerda para a direita: Stacy, Rafael Monteiro (roteirista), Emilio Pitta (Antenor), Wellington (aluno de publicidade da UP) e Bruna. 

“O dia foi bem produtivo...Pudemos acompanhar de perto como é todo o trabalho de uma equipe profissional. Aprendemos bastante!” – Stacy.

“Foi uma experiência muito bacana. Além de ver tudo de perto, a gente pode fazer parte de uma cena!” – Bruna.

Equipe após a gravação

Segundo o roteirista, Rafael Monteiro, (resumidamente), o filme conta a história de personagens de meia idade que quebram regras sociais e se encontram para comer bacon. Ficou curioso? Vai ter que esperar até um domingo desses de novembro, durante o Casos e Causos, da Revista RPC. Não perca!  

Stacy, Marcus Werneck (diretor) e Bruna. 

Com Amor,
C'est La Vie. 

sábado, 16 de agosto de 2014

Assista o making of de Amazônia

Você assistiu Amazônia? O filme conta a história Castanha, um macaco prego criado em cativeiro, que após um acidente de avião encontra-se sozinho na floresta amazônica. 

Encarando um novo mundo em que a densa vegetação cobre tudo, ele deverá seguir um novo caminho, protegendo-se das armadilhas da própria natureza. Castanha se encontra cara a cara com todos os tipos de animais da floresta. Ele logo entende que encontrar um companheiro da mesma espécie e juntar-se a ele ela será sua única esperança de sobrevivência.

Para quem não viu, clique aqui e veja o trailer.


E para você que assistiu... já parou para pensar no processo de produção, execução, pós produção e tudo o que um filme como este tem direito? Clique aqui e veja tudo isso e muito mais no making of do Amazônia. 

Com Amor,
C'est La Vie. 

Filmes que todo jornalista precisa ver

Quem não gosta de filme, não é? Hoje as nossas dicas são para jornalistas (ou futuros jornalistas). Listamos alguns filmes que todo jornalista deve ver, confira:

1- O Preço da Coragem (A Mighty Heart)
O repórter do Wall Street Journal, Daniel Pearl, foi para o Paquistão com a missão de entrevistar um fundamentalista paquistanês. A mulher grávida, Mariane Pearl, também jornalista, embarca numa busca para encontrar o seu marido. A história serve para lembrar os riscos e os sacrifícios que os corajosos jornalistas enfrentam para fazer as notícias. Angelina Jolie interpreta o papel de esposa.

2- O Grande Carnaval (Ace in the Hole)
O filme relata a história de um repórter que, finalmente, consegue uma oportunidade para cobrir uma história nacional. As coisas, no entanto, perdem o controlo quando a personagem, interpretado por Douglas Kirk, trabalha para resgatar a sua carreira nessa incrível história.

3- A Calúnia (Absense of Malice)
Um promotor de justiça frustrado acusa, falsamente, a máfia pela morte do filho. O promotor passa a informação errada à jornalista Megan Carter, que cobre a história. É um enredo interessante sobre as implicações que as acusações falsas têm ao circular nos media.

4- Todos os Homens do Presidente (All the President’s Men)
É um dos maiores filmes sobre o jornalismo de investigação. Foi o responsável por fazer muitos estudantes quererem seguir jornalismo nos anos 80. O filme ganhou 4 Óscares e foi nomeado em mais de 4 categorias.

5- Quase Famosos (Almost Famous)
É a história do diretor Cameron Crowe que conseguiu o emprego dos seus sonhos na Rolling Stone. Crowe sabe que dar destaque ao rock não é o que ele realmente queria fazer. O filme ganhou o Óscar de melhor guião e teve mais 3 nomeações.

6- O Repórter – A Lenda de Ron Burgundy (Anchorman: The Legend of Ron Burgundy)
Will Ferrer interpreta o papel de um importante pivô que fala sobre os negócios nos anos 1970. Mas ele tem que contar com a forte concorrência de uma mulher (Christina Applegate), que está a provar ser melhor do que o seu concorrente.

7- Balibo
O filme conta a morte de 5 jornalistas que foram a Timor Leste aquando da invasão da Indonésia, em 1975. Roger East (correspondente de guerras) e José Romos-Horta (vencedor do Prémio Nobel) cobriram a história.

8- Edição Especial (Broadcast News)
Metade comédia, metade drama e um pouco de romance fazem com que o filme seja favorito entre os jornalistas. Nomeado para 7 Óscares, é um dos filmes que não podes perdes.

9- Capote
O filme é baseado na investigação que Truman Capote realizou sobre um assassinato brutal de uma família no Kansas. Philip Seymour Hoffman ganhou o Óscar de melhor ator e a produção foi nomeada a 4 outros prêmios.

10- Cidadão Kane (Citizen Kane)
Realizado e interpretado por Orson Welles, o filme ganhou o Óscar de melhor guião, cenário e foi nomeado a outros 8 prémios, incluindo o de melhor ator e melhor fotografia. Através de flashbacks, o filme mostra como Charles Foster Kane, magnata de um jornal, garantiu toda a sua fama e como, eventualmente, caiu em desgraça.

11- O Triunfo da Vontade (Leni Riefenstahl, 1935)
Um dos maiores filmes de propaganda do cinema. Riefenstahl mostra, de forma bombástica e triunfal, o Congresso do Partido Nazista em Nuremberg, em 1934. A cineasta reinventou o cinema documental com um apuro técnico até então nunca visto. Fotografia, música, edição, tudo foi usado de forma inovadora. Mesmo que o tema seja repulsivo, não dá para negar a genialidade da cineasta.

12- A Montanha dos Sete Abutres (Billy Wilder, 1951)
Kirk Douglas faz um repórter decadente que, depois de ser despedido de jornais importantes de Nova York por beber e brigar, acaba empregado num jornaleco de uma cidade poeirenta no Novo México. Quando um homem fica preso num deslizamento de terra em uma caverna enquanto procurava artefatos indígenas, o repórter manipula a situação para conseguir um furo de reportagem. Um de meus filmes prediletos de Billy Wilder e talvez a maior atuação de Kirk Douglas.

13- Embriaguez do Sucesso (Alexander Mackendrick, 1957)
Burt Lancaster faz J.J. Hunsucker, um poderoso e maquiavélico colunista de jornal – inspirado no famoso Walter Winchell – que usa sua influência para tentar acabar com o romance da irmã com um músico de jazz. Tony Curtis vive um assessor de imprensa, lacaio de Hunsecker, que tenta ajudar o colunista para conseguir espaço para seus artistas no jornal. “Você é um biscoito recheado de arsênico”, diz Curtis a Lancaster, em um dos – muitos – diálogos antológicos do filme.

14- Shock Corridor (Samuel Fuller, 1963)
Um jornalista, obcecado em ganhar o Pulitzer, se interna num manicômio para tentar descobrir a verdade por trás de um crime ocorrido no local. Um dos filmes mais estranhos e surpreendentes já feitos, tem uma violenta estética de tablóide sensacionalista e fala de paranóia atômica, racismo, conflitos sociais e drogas. A maior obra de Fuller, papa do cinema de invenção.

15- A Trama (Alan J. Pakula, 1974)
Warren Beatty interpreta um jornalista investigando uma corporação misteriosa que ele acredita estar por trás de atentados contra opositores do governo americano. Mais um grande filme sobre paranóia e conspirações governamentais do diretor que fez “Klute – O Passado Condena” e “Todos os Homens do Presidente”. E para quem acredita em conspirações, que tal investigar a morte do próprio Alan J. Pakula, atingido em seu carro por uma barra de ferro caída de um caminhão?

16- Cabra Marcado para Morrer (Eduardo Coutinho, 1984)
Em 1964, Coutinho estava na Paraíba fazendo um documentário sobre o líder camponês João Teixeira, quando o golpe militar interrompeu as filmagens. Várias pessoas do elenco foram presas. Quase 20 anos depois, o cineasta volta ao local para retomar o filme e descobrir o destino dos personagens.

17- Sob a Névoa da Guerra (Errol Morris, 2003)
Documentário assombroso sobre Robert McNamara, Secretário de Defesa norte-americano nos governos Kennedy e Lyndon Johnson. McNamara foi personagem de momentos capitais do século 20, como a Segunda Guerra, a Guerra Fria e a Guerra do Vietnã. Morris, sempre genial, extrai opiniões surpreendentes de McNamara sobre a política externa americana, além de confissões sobre decisões que custaram a vida de muita gente.

18- War Photographer (Christian Frei, 2001)
Bósnia, Ruanda, Irlanda do Norte, El Salvador, África do Sul, Bagdá... Onde há conflito e violência, pode apostar que James Nachtwey estará por perto. Nachtwey é um dos melhores e mais corajosos fotógrafos de guerra dos últimos 30 anos, e esse filme conta sua vida e carreira. As imagens são chocantes, e alguns depoimentos – como o de um colega que descreve Nachtwey ajoelhando em frente a um homem prestes a ser esquartejado por machetes em Ruanda e implorando à multidão para não matá-lo – são de arrepiar.

19- Page One: Inside The New York Times (Andrew Rossi, 2011)

Durante um ano, o diretor Andrew Rossi teve permissão para filmar tudo que acontecia na sede do jornal mais importante do planeta e capturou o “The New York Times” em momentos conturbados, com demissões e queda de vendas causadas pela concorrência da Internet. Um filmão sobre o jornalismo na era digital e que traz personagens incríveis, como o colunista de mídia do jornal, David Carr.

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